domingo, outubro 21, 2007

The National

A fazer lembrar Tindersticks mas uns passos à frente...



"Gostaram meninos, hum, gostaram?"

sábado, outubro 20, 2007

Last but not least, behold.....MOSCOW!!!!

A última etapa da nossa viagem foi a capital Russa, onde mais uma vez tiveram uma grande importância as pessoas que tivemos o privilégio de conhecer ao longo da nossa estadia.

Inside the Kremlin walls

Não posso dizer que tenha ficado demasiado impressionado com a cidade, que de certa forma me fez lembrar Lisboa, na sua dimensão e no facto dos principais pontos de interesse estarem localizados de forma muito dispersa, ao contrário das cidades que tínhamos visitado anteriormente. Não sei se está relacionado com a dimensão, mas as pessoas pareceram-me muito mais frias e menos afáveis do que em S.Petersburgo. Além disto, também tivemos bastante mais dificuldade em encontrar pessoas que falassem inglês.

Num mercado de artesanato

Dito isto, não haja dúvida que a Praça Vermelha e os edifícios à sua volta têm a sua imponência e impressionam qualquer um. Ainda assim, tivemos algum azar porque estavam a decorrer os preparativos para o maior feriado nacional da Rússia, quando se comemora o aniversário do dia em que Hitler assinou a declaração de capitulação na II GM, e por isso o acesso à praça estava bastante limitado. Também por esta razão não nos foi permitido visitar o Mausoléu onde permanece o corpo de Lenin. Pelo que nos disseram a complexidade do processo de conservação do corpo é tal que não deve ser exagero dizer que o Mausoléu permanece mais tempo encerrado ao público do que aberto.

Antigo QG do KGB
Obviamente não podíamos deixar de visitar o Kremlin mas também esta visita acabou por deixar algum sentimento de desilusão. Não questiono a importância histórica e mesmo actual da fortaleza (=Kremlin) mas os edifícios não são particularmente bonitos e as exposições dentro dos mesmos vão pelo mesmo caminho.

Num "autocarro" a caminho do jantar com a mexicanada toda

Do que realmente gostei foi do Parque dos Grandes Feitos Soviéticos, um parque feito com o objectivo de ilustrar alguns dos traços culturais mais característicos das principais regiões da URSS. Não deixa de ser irónico que hoje em dia os edifícios do parque alberguem uma série de lojas com todo o tipo de bugigangas.
All Russia Exhibition Center

Outra incursão digna de nota teve lugar no Teatro Bolshoi ou melhor, num teatro improvisado ao lado do verdadeiro Bolshoi, que se encontra em obras que a julgar pelo seu estado sabe-se lá quando irão estar concluídas. O espectáculo de seu nome Anyuta foi bastante interessante mas tanto quanto me recordo nós os 3 ainda mandámos lá umas valentes cabeçadas para golo, já que a sala escura era muito dada a uma bela sesta.

Quem são estes borrachos à entrada da Praça Vermelha?!

No que toca à noite moscovita, diga-se em jeito de eufemismo que andámos meio equivocados na maior parte do tempo. Na 1ª noite, de 4ª feira, depois de intensa busca por algum bar com um nível mínimo de movimentação, acabámos no Propaganda, que também não estava propriamente cheio. E por falar da 1ª noite, como é que eu me podia esquecer do bonito episódio, para o qual já tínhamos sido alertados, com um polícia moscovita. Tal como nos tinham avisado, o senhor decidiu embirrar com a nossa documentação, numa tentativa de nos sacar algum dinheiro. Nós fizemo-nos sempre de despercebidos, o que até era bastante credível tendo em conta que o senhor agente não falava praticamente uma palavra de inglês. O desespero do senhor agente foi tal que chegou a ir connosco até um quiosque e apontar para uma cerveja, dando a entender que era o que queria. Nós mantivemo-nos firmes e hirtos até ao fim e não lhje pagámos coisíssima nenhuma.

Na Praça Vermelha com St. Basel's ao fundo
Continuando com a descrição das incursões pela noite, no dia seguinte, fizemo-nos acompanhar dos nossos amigos mexicanos que tínhamos conhecido em Tallinn e que estavam a estudar em Moscovo e depois de irmos a um ou dois bares cujo nome não me recordo acabámos a noite no B-Club. A música até estava muito aceitável mas mais uma vez o sítio não tinha muita gente e por alguma razão predominava um público com traços notoriamente asiáticos.

Numa qualquer ponte moscovita com o Kremlin muito ao fundinho

No dia seguinte, fomos ao Real McCoy, um dos mais conhecidos meet markets lá do sítio, mas era mais a fama que o proveito porque o público masculino estava em larga maioria. Dado isto, voltámos ao Propaganda, que se encontrava substancialmente mais recheado que na 1ª vez que lá tínhamos ido. Na última noite, tivemos um jantar de despedida muito emocionado com os amigos mexicanos e como ainda tínhamos umas horas para preencher depois do jantar e antes do voo, que era por volta das 6h da manhã, fomos ao B2. Esta acabou por se revelar de longe a discoteca mais porreira que visitámos lá no burgo: tinha 4 ou 5 pisos de dança, todos muito aceitáveis, com um ambiente porreiro e muito bem frequentados.

Viva Mexico!!!

quarta-feira, agosto 29, 2007

At last:St. Pete

Fantástico!!! Adorei esta cidade, que mais parece retirada de um conto de fadas, tal é a beleza dos seus edifícios e igrejas e toda a aura que a envolve. A primeira impressão à chegada não podia ter sido melhor: dada a nossa dificuldade em compreender russo e ainda por cima escrito em cirílico, tivemos que pedir ajuda a uma rapariga que passava para nos comprar os bilhetes de metro: Ora a rapariga não só nos comprou os bilhetes como ainda teve a mega amabilidade de nos ir levar à porta da nossa pousada. Digam lá se isto não é a simpatia em pessoa?!

Church of the saviour on the spilled blood

Entre as atracções que visitámos destaco a Church of the saviour on the spilled blood feita à imagem da igreja de St.Basil, em Moscovo, e assim denominada pelo facto de ter sido o local onde foi assassinado o czar Alexandre II. Além do magnífico aspecto exterior, no seu interior encontra-se uma colecção extraordinária de mosaicos com motivos essencialmente religiosos.

Quanto à catedral de St.Isaac, tivemos o prazer de a visitar num dia em que nevava abundantemente em S.Petersburgo e por isso a magnifica vista a partir da base da sua cúpula teve ainda um encanto especial.

St. Pete by snow

No que toca a museus, visitámos o Kunstkammer (do alemão “câmara de curiosidades”) que consistia basicamente numa colecção de raridades e aberrações recolhidas pelo czar Pedro I. Acabou por não ser tão impressionante como estávamos à espera.

O que obviamente não podíamos deixar de visitar era o Hermitage, museu que ocupa 5 edifícios e contém cerca de 3 milhões de itens, desde a Idade da Pedra até à actualidade. Merece especial destaque a colecção de pinturas impressionistas e pós-impressionistas, com obras de Picasso, Renoir e Van Gogh, entre outros. Já agora, fica uma dica: se levarem o vosso cartão-jovem, passa como cartão de estudante e entram à borla no Hermitage, poupando uns belos 10 euros. Ah, e outra coisa, o que se diz de serem necessários 2 ou 3 dias para ver a totalidade do museu não passa de um mito. Nós os 3 conseguimos ver praticamente tudo (?) em cerca de 3 horas. Com certeza que o facto de termos andado a correr de sala para sala, porque tínhamos um comboio para apanhar, não teve nada que ver com esta proeza.


Sheryl, Edgar, Alex, Pisko, polaco cujo nome não me lembro, Paulina e Pete


A componente nocturna ficou preenchida com o Datcha e o Fidel, 2 barzinhos porreiros, que estavam sempre à pinha, o Red Club e o Revolution, 2 discos muito porreiras e o Metro, onde predominava uma mancha mais jovem da população russa.

The Jordan Hall (Hermitage)

Resta referir a importância que tiveram na nossa estadia em S.Petersburgo (i) a Paulina, uma polaca muito simpática que tínhamos conhecido em Riga, que estava a estudar em S.Petersburgo e que nos serviu de guia e intérprete um várias ocasiões e (ii) o Pete, o Chris e a Sheryl, três australianos porreiraços e sempre prontos para a paródia que estavam alojados na nossa pousada e andavam numa viagem à volta do Mundo. Vale a pena conhecer pessoas assim.

Mas que lindas figuras...
A foto de despedida, no Hermitage

terça-feira, julho 24, 2007

SBSR (Mais vale tarde que nunca...)

Profissionalmente falando, a semana do SBSR acabou por ser bastante agitada, facto que me impediu de gozar o SBSR na sua plenitude. Mas deixemo-nos de lamentações e concentremo-nos no que efectivamente consegui ver e ouvir.

03/07/2007 – Como disse repetidamente às pessoas à minha volta, só uma hecatombe me impediria de ir ao SBSR neste dia, já que o cartaz tinha o chamado “alinhamento do caraças”! No carro a caminho do recinto, ia ouvindo Klaxons pela rádio e a roer-me todo por não estar lá já que me parecia estar a ser muito bom. Ainda cheguei a tempo de ouvir a última música.
Seguiram-se os Magic Numbers, aqueles que me despertavam menos interesse neste dia. Tal como eu suspeitara quando tinha ouvido o último álbum deles, pareceram-me um bocadinho desenquadrados face ao resto das bandas do dia, com um estilo meio hippie, assim a atirar para o zen.

Depois vieram os Bloc Party. Tinha-os visto no Coliseu há pouco mais de um mês, num grande concerto apenas um pouco ofuscado por um público demasiado jovem (miúdos!!) que começou o concerto a todo o gás e que depois parece que perdeu um bocado a “pica”. Mediante um público quase completamente diferente, os Bloc Party voltaram a não desiludir e pareceu-me que até surgiram mais soltos, a curtirem mais o facto de estarem ali.

O momento mais esperado da noite veio com a entrada em palco dos Arcade Fire. E que concerto meus senhores!!!! Impressionante como têm uma presença em palco, que lhes permite, mesmo sem uma interacção muito explícita com o público, cativar e envolver as pessoas de uma forma super intensa. Talvez boa parte da explicação esteja na deliciosa Régine Chassagne, com uma voz a fazer lembrar Bjork, e que não parou um minuto, no seu estilo de fedelha irrequieta. Mas a explicação também poderá estar no estilo da banda, meio pacóvio a fazer lembrar uns saloios de aldeia mas ao mesmo tempo a destilar classe por todos os poros. Decidam vocês.

05/07/2007 – Só de pensar que estive em sério risco de não ir neste dia até fico um bocadinho doente. Quando cheguei tinham acabado de tocar os TV on the Rádio, o que me deixou alguma pena pois dizem por aí que estes senhores são muito bons ao vivo. A seguir desfilaram os Scissor Sisters, num concerto que acabei por seguir meio ao de longe mas que me pareceu muito aceitável.

Bem de perto era como não podia deixar de ver os Interpol, definitivamente uma das minhas bandas de eleição do momento. Sem querer exagerar (muito), até fico com arrepios com algumas das músicas destes nova-iorquinos que demonstraram uma segurança irrepreensível em palco e que montaram uma set list fantástica para este concerto. É verdade que a interacção com o público não foi muita mas quem estava à espera do contrário é porque não os conhece. Tendo adorado o concerto, reconheço que é o tipo de espectáculo muito mais dado a recintos pequenos e intimistas do que propriamente a grandes festivais. O regresso está prometido para Novembro, no Coliseu. Dou-vos um rebuçado se adivinharem quem não vai faltar…

Não podia terminar este post sem deixar os meus profundos agradecimentos ao primo Jorge, facilitador dos bilhetes que me proporcionaram dois dos concertos mais gratificantes da minha curta mas cada vez gratificante existência. OBRIGADO PRIMO!!!

domingo, junho 10, 2007

Riga (a.k.a. "THE HQ")

Esta bela cidade acabou por se revelar quase o centro das nossas “operações”, tendo em conta que fomos lá 3 vezes.

The Town Hall

Com a sua própria Old Town (também património mundial da Humanidade), é talvez um pouco menos compacta do que Tallinn mas (quase) igualmente bonita, com a sua imponente Cathedral Dome, a vistosa House of Blackheads e o Freedom Monument, junto ao qual se dá o render da guarda ao bater da hora certa. Ao que parece foi aqui que uns certos portugueses, numa noite fria, resolveram recentemente aquecer-se e a única coisa que havia à mão para queimar era a bandeira da Letónia.


O render da guarda


The House of Blackheads


Relativamente à noite, é inevitável falar do Essential, uma discoteca com 2 pisos de dança, muito bem frequentada por belas letãs e que só fecha por volta das 6h/7h da manhã (em Tallin a noite acaba às 3h/4h). Fomos também ao Skyline, um cocktail bar muito giro localizado no 26º andar de um hotel, e ao Pulkvediem neviens neraksta (traduz-se para Ninguém escreve ao coronel), um bar que estava a passar música reggae e que teve os seus momentos.

A passear classe nas ruas de Riga

Skyline bar

Vilnius - não dá para fazerem mais uma igrejazita? Vejam lá isso...

Inicialmente, não fazia parte dos nossos planos ir a Vilnius, visto que ficava um bocadinho “fora de mão”, sobretudo tendo em conta que tínhamos que fazer o caminho todo de volta a Tallinn. No entanto, a lógica do “se não formos lá agora, então nunca + lá vamos” acabou por imperar e demos lá um saltinho.

Town Hall Square
Como não há 2 sem 3, também Vilnius tem a sua Old Town, contudo bastante diferente das outras duas capitais dos bálticos, tendo em conta que é super povoada por igrejas, igrejinhas e afins. Podem já perceber pelo tom que foi das 3 capitais, aquela que menos gostei. Em consonância com a descrição do Lonely Planet, pareceu-me também a capital mais “provinciana”, menos citadina e menos europeia. A lingua inglesa também não me pareceu tão difundido. Isto apesar do que li no Lonely Planet em que se dizia que os lituanos têm nesta altura um grande apetite por tudo o que diga “Europa” ou “União Europeia”.

Junto à entrada de uma das muitas igrejas de Old Town Vilnius

Quanto ao capitulo nocturno, diga-se que estivemos em Vilnius numa noite de Domingo, o que não fazia prever propriamente uma noite farta em animação. Acabámos por ir ao Prospektus, um bar de um italiano, que até se revelou bastante animado e se transformou numa espécie de discoteca.

Government Palace

Como curiosidade refiro ainda que o azulejo que aparece na fotografia a seguir foi o local exacto onde em 1989 terminava uma corrente de cerca de dois milhões de Letões, Estónios e Lituanos que se juntaram ao longo de 650 kms(!!), entre Vilnius e Tallinn, como forma de protesto contra a ocupação soviética. Actualmente, diz-se que se dermos uma volta de 360º em cima do azulejo e pedirmos um desejo, esse desejo realizar-se-á. Obviamente que nós os 3 demos a dita voltinha mas só o desejo do Edgar é que se concretizou e apenas parcialmente.


terça-feira, maio 22, 2007

1, 2, 3 diga lá outra vez...

O crescimento do PIB está inteiramente dependente do sector exportador - o que, a prazo e em função da crescente concorrência do Leste europeu, é preocupante. A produtividade do factor trabalho mantém-se a mais baixa de todo o espaço europeu e não é preciso ser economista para perceber que, se a produtividade não cresce, a economia também não pode crescer.

Miguel Sousa Tavares, in Expresso (19/05/2007)

Não é preciso ser economista mas pelos vistos é preciso ser jornalista...

sábado, maio 19, 2007

Helsínquia/ Tallinn

Voámos de Lisboa para Helsínquia, com direito a uma breve pitstop em Zurique. Como em quase todas as situações, as expectativas têm uma influência muito grande nas nossas percepções e portanto as horas que passámos na cidade de Helsínquia até produziram uma impressão bastante positiva da cidade, dado nenhum de nós tinha a fasquia muito alta.

À chegada a Helsinquia

Demos uma volta pela cidade com o nosso amigo Finlandês que eu e o Edgar conhecemos em Erasmus, o Petri, que amavelmente nos levou aos principais pontos de interesse. Ficou por visitar Suomenlinna, uma antiga fortaleza militar localizada numa das pequenas ilhas junto à costa de Helsínquia e património mundial da Humanidade. O Lux, uma discoteca no último andar (10º?) de um prédio foi também uma surpresa muito agradável.

O Petri, eu e o Edgar, na Praça do Senado, em Helsínquia

Depois de uma curta e agradável viagem de barco, lá chegámos a Tallinn, onde nos esperava o Old Town Backpacker’s Hostel, gerido por um irlandês +/- da nossa idade e por uns amigos. O hostel até é porreiro e baratucho mas não deixava de ser estranho e um pouco incómodo o facto de um dos quartos dormitório servir simultaneamente de auditório para visionamento de filmes e também de ponto de passagem para o common room.

Quanto à cidade propriamente dita, os nossos passeios cingiram-se praticamente à Old Town, muito pitoresca e povoada de cafés e barzinhos. Entre os vários pontos de interesse, destaco a igreja de Alexander Nevski, dentro das muralhas da fortaleza de Toompea, a vista do topo da igreja de S.Paulo e a Town Hall Square. No que respeita à componente nocturna (obviamente nada despicienda!), fomos ao Club Hollywood (giro mas nada de especial), ao Privé (um cadito melhor que o anterior) e ao Von Krahl, onde tivemos o privilégio (?) de assistir à actuação de algumas bandas estónias. Last but definitely not least, fomos ao Stereo, um bar muito (!!!) bem frequentado. Meus amigos, se o paraíso na terra existe, estou convencido que não deve andar muito longe do Stereo.

Old Town, Tallinn

Não podia falar de Tallinn sem falar dos motins a que tivemos o privilégio de assistir in loco aquando da nossa segunda passagem pela cidade, a caminho de S.Peterburgo. Pelo que percebi a coisa até foi noticiada por cá mas passo a explicar resumidamente: o foco da discórdia residia numa estátua que servia de homenagem aos soldados russos que morreram durante a II Guerra Mundial. Inclusivamente, por debaixo da estátua, encontravam-se enterrados os corpos de alguns desses soldados. Ora o governo estónio decidiu recentemente que não fazia sentido nenhum ter naquele local um monumento que fazia lembrar os tempos da ocupação russa que tanto martirizou a população local. Contudo, acontece que cerca de 40% (sim, o número é mesmo desta magnitude) da população da Estónia é constituída por russos, sendo fácil de perceber que esta faixa da população não achou muita piada à coisa. Além disso, era suposto que a estátua e os corpos fossem transferidos para outro local mas, segundo relatos que não consegui confirmar, o que aconteceu foi a destruição da mesma durante o processo de transferência.

A estátua da discórdia
Concluo o capítulo de Tallinn dizendo apenas que, dava a perseverança do Pisco em sair à noite, ainda chegámos a temer pela integridade dos nossos belos corpinhos e tivemos que fazer um jogging em passo acelerado para fugir da polícia, que como se sabe nestas alturas desata a bater em toda a gente sem grande critério.

segunda-feira, abril 23, 2007

Helsinquia-Tallinn-Riga-Vilnius-Riga

Eu, Pisko e Edgar (aka "Trio Odemira") estamos neste momento em Riga depois de um percurso pouco linear entre as varias cidades referidas acima.

Ate agora esta a correr tudo as mil maravilhas. As cidades que vimos sao muito porreiras, animadas como se quer e bastante compactas, o que facilita muito a visita.

Mais novidades e fotos seguir-se-ao brevemente.

Bjs e abracos para todos os fieis leitores deste estamine!!!

terça-feira, abril 10, 2007

It's alive!!!!

Qual fénix renascido das cinzas, aí está o IMReviews com mais uma crítica:


Concordo que podia ser mais actual, mas faz-se o que se pode...

quinta-feira, abril 05, 2007

Brilhante...

Sendo grande fã do Will Ferrell (se querem rir "à antiga" vejam Anchorman: The Legend of Ron Burgundy) vi recentemente o filme Talladega Nights: The Ballad of Ricky Bobby. O filme não é propriamente uma obra-prima da comédia mas também não eram essas as minhas expectativas.

A razão deste post tem a ver com aquele que eu considero um dos mais brilhantes comediantes da actualidade: Sacha Baron Cohen. Este sr. tem um papel relevante no referido filme e volta novamente a brindar-nos com laivos do seu brilhantismo.

Compreendo que haja muita gente para quem o estilo de comédia de Borat não seja muito apelativo mas digam lá que o sketch que se segue não tem pelo menos um bocadinhozinho (pikenino que seja) de piada:

segunda-feira, março 19, 2007

SBSR: Que luxo!!!

Já andava há algum tempo para escrever este post mas resolvi esperar um pouco mais para ver se haviam mais desenvolvimentos. Estou a falar da edição do Festival Super Bock Super Rock deste ano. Só tenho 2 palavras sras. e srs.: que luxo!!!


Podem por-se a par do programa conhecido até agora (sim, porque ainda faltam bandas) aqui.

Para mim, o elenco de dia 3 de Julho destaca-se claramente:

- Bunny Ranch - já vi estes portugueses ao vivo mais do que uma vez e até fiquei agradavelmente surpreendido;
- The Gift - segundo dizem a Sónia Tavares tem o chamado "feitio do caraças" mas por acréscimo também tem uma enorme presença em palco. Vi-os na Semana Académica de Évora do ano passado e gostei mesmo muito;
- Magic Numbers - tenho o último álbum deles mas confesso que ainda não o ouvi pelo que só conheço o single, Take a chance;
- Klaxons - estes ingleses apareceram recentemente na cena musical internacional e deram-se muito bem, pelo menos nos Top's britânicos. Tenho o álbum, Myths of the near future, e digo-vos que não vai nada mal. Aqui fica o clip de Golden Skans;
- Bloc Party - nem sei que vos diga...alguém quer comprar o meu bilhete para o Coliseu?
- Arcade Fire - não sei se alguém leu o artigo do Público de há algumas semanas atrás, por ocasião do lançamento do álbum Neon Bible. Ora neste artigo davam-se conta de alguns testemunhos de pessoas que estiveram em Paredes de Coura em 2005 e viram estes srs. actuar. Conclusão: ou estas pessoas estavam todas sob o efeito de drogas ou os Arcade Fire são mesmo muito bons ao vivo (pensando bem o +provável é que se apliquem as duas hipóteses). O que interessa é que tenho os 2 álbuns deles e são absolutamente deliciosos! Este dia vai com certeza valer a pena nem que seja só por eles.

Nos outros dias do festival, destaco Metallica (nunca vi ao vivo e gostava), Scissor Sisters e Maximo Park. Um destaque especial para Interpol: por favor ouçam os 2 álbuns destes srs!!!

Já agora leiam também o que a Blitz tem a dizer sobre o cartaz do SBSR.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Bora para a água?

Dando cumprimento a uma das minhas resoluções para o ano de 2007, planeio fazer um curso de mergulho, de seu nome técnico PADI Open Water Diver, no próximo mês de Abril. Obviamente que a coisa seria bastante mais engraçada se fosse feita com um grupo de amigos e portanto deixo desde já aqui o convite para que se juntem a mim.

Pessoalmente, o interesse no mergulho surgiu pelo facto de gostar imenso de quase qualquer actividade que envolva o mar e também depois de ter falado com algumas pessoas que fizeram recentemente o curso e que já fizeram alguns mergulhos depois disso.

Para os mais cépticos, que dirão que em Portugal a água é fria ou que o fundo do mar não tem interesse, respondo que com o designado "fato húmido" mal se sente a temperatura da água e em Sesimbra, nas Berlengas ou em Tavira já se vêm coisas bem giras. Além disso, quando forem de férias ao México, Cuba, República Dominicana, Indonésia, Egipto, Açores ou mesmo aqui ao lado a Espanha terão oportunidade de ver alguns dos cenários subaquáticos mais bonitos do mundo.

Como argumentos para vos convencer, acho que devia ser suficiente verem as seguintes fotos:

O célebre peixe-palhaço na Grande Barreira de Coral, na Austrália


Blackbacked butterflyfish, no Mar Vermelho

Blue spotted stingray, no Mar Vermelho


Deixo também o link para uma reportagem que saiu no Expresso em Agosto do ano passado, para que possam ler os testemunhos de alguns viciados no mergulho.

Last but not least, aqui ficam os sites de algumas escolas de mergulho em Lisboa:

- Escola de Mergulho de Lisboa;

- Nautic Diver;

- Cipreia.

Como poderão ler, os cursos andam todos à volta dos 300 euros (negociáveis para grupos) e duram cerca de 2 semanas, incluindo aulas teóricas, práticas e exames.

Que vos parece?

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Ninguém leva a mal.......ou sim!

Mas alguém é capaz de me explicar porque é que de algum tempo para cá parece que se tornou moda dizer que se "odeia o Carnaval"? Será só para ser contra a corrente?

As pessoas que me conhecem sabem que para mim qualquer desculpa para festa é uma boa desculpa. Depois, se essa desculpa envolve um feriado nacional tanto melhor.

Além disso, desculpem lá mas a velha conversa do "dia do ano onde podes fingir ser uma pessoa diferente" comigo até pega. Qual é o problema de entrar um bocadinho no campo do imaginário e ao mesmo tempo relembrar os tempos de criança em que todos nos mascarávamos?

A minha explicação pseudo-freudiana básica para as pessoas que "odeiam o Carnaval" é que essa atitude é provavelmente reveladora de um qualquer trauma de infância, quase de certeza relacionado com uma partida de Carnaval que até hoje ainda não foi digerida. "Ah e tal, mas já quando eu era pequenino nunca me mascarei". Nesse caso, os culpados serão provavelmente os vossos pais que quase de certeza deviam ser eles a ter o tal trauma de infância.

Eu até posso fazer um esforço para tentar perceber que não se goste do Carnaval (ok, já chega, não consegui) mas que se "odeie"?! Disse e repito, quanto mais não seja é uma desculpa para ir para a rua festejar, para estar com os amigos, para fazer palhaçadas para as quais não há grande desculpa nos outros dias do ano. Ok, não querem ter o trabalho de se mascarar, não se mascarem mas ao menos festejem caramba!

Eu, pela minha parte, já decidi o meu disfarce e vou para Torres Vedras, para o dito "Carnaval mais antigo e mais português de Portugal" (seja lá o que isso signifique). O registo fotográfico será concerteza vasto por isso aguardem as fotos.

Já agora, se querem "odiar" o Carnaval, ao menos façam-no informados e leiam o que a Wikipedia tem a dizer sobre as origens da festa.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Para quem estiver a considerar namoros à distância...

Para quem andou 4 ou 5 anos (ou mais) a estudar gestão, economia ou algo do género, é sempre gratificante ver serem utilizados conceitos da área para explicar alguns dos problemas mais mundanos do nosso dia-a-dia.

É isso mesmo que faz Tim Harford, que trabalha no Banco Mundial e escreve semanalmente uma coluna no Financial Times intitulada "Dear Economist", onde responde em "economês" a algumas questões colocadas pelos leitores.

Foi com esse mesmo tom ligeiro que o sr. escreveu o livro “The Undercover Economist", que ao que parece vem na mesma linha do popular "Freakonomics", de Steven Levitt, editado no início de 2005 (vai ser com certeza um dos "pelo menos 10 livros" a ler este ano).

Aqui fica um exemplo com piada, de uma resposta a uma senhora que não sabe muito bem como há de gerir um relacionamento à distância.

Já agora aqui fica também o endereço do blog do dito sr.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

A cidade condal e o individualismo

Nestes últimos dias que passei em Barcelona, tive mais uma prova de como é possível viver numa grande cidade sem que isso prejudique forçosamente a qualidade das pessoas que lá vivem.

As pessoas que me conhecem sabem (ou deviam saber!) que nunca fui grande fã da vida em Lisboa. Nos tempos da faculdade, sempre que podia, lá ia passar o fim-de-semana a Leiria, o que até chegou a colocar alguns problemas sempre que havia trabalhos de grupo para fazer (por falar nisto, acho que nunca cheguei a expressar convenientemente às respectivas pessoas o meu agradecimento pela compreensão demonstrada).

À medida que o tempo foi passando e as amizades (e outras que tal) por Lisboa se foram cimentando, a minha “alergia” à cidade de Lisboa foi-se reduzindo progressivamente. Contudo, nunca deixei de pensar que a cidade se encontra bastante mal organizada, não contribuindo em nada para a melhoria de modos de vida que, também por questões intrínsecas admito, se revelam extremamente individualistas e até mesmo egoístas.

Não querendo reduzir a questão do egoísmo crescente apenas a este tema, penso que um dos principais problemas da cidade reside nos transportes públicos que a servem. Relativamente ao Metro, a expansão da rede parece ter congelado no tempo, não se percebendo nomeadamente como é que ainda não há Metro no aeroporto ou como é que se demora 10 mins de carro de Benfica ao Campo Grande mas 40 mins se formos de Metro. Acho que também não seria nada má ideia expandir o horário de funcionamento do Metro (em Barcelona, ao fim de semana, o Metro fecha às 2h e abre às 5h). No entanto, reconheço que convencer os trabalhadores do Metro de Lisboa a trabalhar mais umas horas numa altura em que os senhores passam a vida em greves porque querem manter os seus 35 dias de férias anuais (entre outras regalias) não se afigura nada fácil.

Quanto aos autocarros, não consigo perceber porque raio é que aqueles placards com o tempo de espera se encontram em fase de testes (para além de serem em nº muito reduzido) há já não sei quanto tempo. À noite, também não me parece que o autocarro funcione como uma alternativa muito válida, seja pela frequência reduzida ou pela imagem de falta de segurança.

Uma ideia recorrente é a de cobrar a entrada de carros num determinado perímetro da cidade de Lisboa. Assim à primeira vista, a ideia não me parece nada má. Obviamente, teria que ser feito de forma transitória, dando algum tempo às pessoas para se adaptarem e investindo paralelamente na expansão e desenvolvimento da rede de transportes públicos. Outra medida que me parece relativamente óbvia consiste na criação de grandes parques estacionamento junto a estações de Metro e de comboio que dão acesso à cidade.

Apesar da minha perspectiva limitada de turista que apenas passou alguns dias nestas cidades, Barcelona e também Nova Iorque pareceram-me cidades que têm na sua base fortes redes de transportes públicos. Acrescento ainda à lista a cidade de Roterdão, onde passei 4 meses em Erasmus, se bem que aí o facto de ser quase completamente plana dá uma forte ajuda (costumo dizer que ter uma bicicleta em Roterdão é quase o mesmo que ter carro em Lisboa).

No que toca a Lisboa, it goes without saying que o processo de mudança seria bem mais fácil se fosse acompanhado por uma alteração da mentalidade e se passássemos a ter uma atitude um bocadinho mais orientada para o colectivo, em vez de passarmos a vida a olhar para os nossos bonitos umbigos. Fica o apelo.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

A IVG - Parte II

Para quem não viu no último Domingo, vejam aqui um exemplo de como o humor pode ser uma boa forma de expor o ridículo de certos argumentos do "Não". Ora vejam:

quarta-feira, janeiro 31, 2007

terça-feira, janeiro 30, 2007

Barcelona e a IVG

Nos próximos dias 8 a 12 de Fevereiro, irei estar de visita à cidade de Barcelona. E perguntam vocês: e nós com isso? A resposta é que um destes dias coincide com a data de realização do referendo onde se colocará a todos os portugueses aptos a votar a questão "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?".

Confesso que me chateia profundamente não ter a possibilidade de votar porque esta é uma questão sobre a qual tenho uma profunda convicção. No entanto, quando marquei a viagem, a data do referendo ainda não estava fixada.

Nem sequer vou encetar aqui qualquer tentativa de discussão com base em princípios morais ou religiosos. Cada um tem os seus próprios ideais morais e provavelmente não será com meia dúzia de palavras que se verá convencido de outra coisa. Fica apenas uma laracha: acho que este é mais um exemplo, à semelhança da contracepção, em que a igreja católica dá mostras de não ter acompanhado a mudança do resto da sociedade em que está inserida.

Quanto a questões morais, tenho apenas a dizer que não compreendo a necessidade de, nesta matéria, haver a imposição um código moral por parte da lei. Como dizia ontem, o Prof. Vital Moreira no Prós e Contras, eu também não sou a favor do aborto mas acho que devem haver argumentos mais convincentes para que uma mulher não faça um aborto do que simplesmente dizer “Não podes fazer um aborto porque a lei não deixa, fim da discussão”. Acho que é apenas um facilitismo para pessoas sem argumentos melhores.

Quanto à velha questão do direito à vida, tenham dó!! Ontem no Prós e Contras havia um médico pelo “Não” que interpelava uma outra médica pelo “Sim” perguntando-lhe se ela nunca havia dito a uma mãe antes das 10 semanas de gravidez que aquele na ecografia era o seu “bebé”. Parece que afinal isto é tudo uma questão de semântica...
Depois também há o “outro”, professor da Universidade Nova de Lisboa, que na semana passada veio dizer que um “bebé” com 10 semanas já pisca os olhos. No comments...

Não me interpretem mal, tal como o resto dos defensores do “Sim”, eu também não sou um defensor do aborto. Acho é que as coisas não podem continuar no estado actual em que quem quer realmente fazer um aborto antes das 10 semanas, não é por ser contra a lei que o vai deixar de fazer: ou o faz em condições sub-humanas arriscando-se a morrer ou, se tiver possibilidades, vai a Espanha ou a Inglaterra.

Concordo também com o que se dizia no Prós e Contras de ontem, acerca de, no caso do “Sim” vencer, haver a necessidade de reforçar o aconselhamento às mulheres que decidem fazer um aborto, existindo também o obrigatório período de reflexão, à semelhança do que acontece noutros países onde o aborto foi despenalizado.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

New kids on the Bloc!

Previamente conhecidos como Angel Range and Union, os londrinos Bloc Party são para mim autores de alguma da melhor música brit pop que se produz actualmente.

Como não podia deixar de ser, sou possuidor do único álbum que têm até à data, de seu nome Silent Alarm (2005). Até me custa a admitir que não ficou no ouvido logo à primeira tentativa mas agora acho que é claramente um dos melhores álbuns do género dos últimos tempos, a par de You could have it so much better, dos Franz Ferdinand, ou Civilian, dos Boy kill boy.

Como podem reparar no bilhete abaixo, os senhores vêm ao Coliseu dos Recreios no dia 18 de Maio apresentar o seu próximo álbum, Weekend in the city (sai no próximo dia 5 de Feveireiro). Como aquilo não é muito grande, resolvi não repetir erros de outras ocasiões e já garanti a minha presença.












Fica portanto o apelo: junta-te a mim (ou melhor diria a "nós" porque também comprei bilhete para o Pisco)!

terça-feira, janeiro 23, 2007

Apocalypto (2006)

Como cada macaco no seu galho, aqui fica...

sexta-feira, janeiro 19, 2007

I'm in LOVE!!!!

É oficial, estou apaixonado...

Ela chama-se Tracyanne Campbell e é a voz dos Camera Obscura, a minha mais recente descoberta musical (obrigado Markl!). Formados em 1996, os escoceses Camera Obscura têm 3 álbuns, dos quais ainda só tive o prazer de ouvir o último, intitulado "Let's get out of this country", editado no ano passado.

A voz da senhora cai mesmo muito bem e o álbum é bastante refrescante, tendo em conta tudo o resto que se ouve para aí. Este tem o selo de qualidade "alex4president" portanto toca a sacar!

Aqui fica uma pequena amostra (se não quiserem ver o video, minimizem a janela, mas pff (!!) ouçam a música):

terça-feira, janeiro 09, 2007

"As Pequenas Memórias", de José Saramago

Eis que chega ao blog a primeira crítica literária (o que vale é que nesta altura do campeonato, quase qualquer coisa que faça é sempre uma estreia).

Acabei recentemente de ler As Pequenas Memórias, de José Saramago. Como o nome indica, o livro trata de alguns episódios que marcaram os primeiros anos da vida de José Saramago, sobretudo nas décadas com início em 1920 e 1930.

Ainda que não sejam relatados factos que causem propriamente grande excitação ao leitor, o estilo de escrita do senhor é bastante agradável e só por si vale a pena que se leia o livro até ao final (também são só cerca de 150 páginas). Por outro lado, apesar de ser de leitura fácil, a escrita é bastante cuidada e tenho mesmo que confessar que me vi forçado a ir ao dicionário algumas vezes (ignomínia - grande desonra, afronta pública; uxoricida - aquele que matou a própria esposa).

Deixo abaixo algumas citações do livro que achei curiosas:

“Não se sabe tudo, nunca se saberá tudo, mas há horas em que somos capazes de acreditar que sim, talvez porque nesse momento nada mais nos podia caber na alma, na consciência, na mente, naquilo que se queira chamar ao que nos vai fazendo mais ou menos humanos.”

“...na minha frente, entornando leite sobre a noite e a paisagem, havia uma lua redonda e enorme, o branco mais refulgente onde o luar batia em cheio, e por contraste, o negro mais espesso nas sombras. Não tornaria a ver uma lua assim.”

“É um homem como tantos outros nesta terra, neste mundo, talvez um Einstein esmagado sobre uma montanha de impossíveis, um filósofo, um grande escritor analfabeto. Alguma coisa seria que não pôde ser nunca.”

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Sam the Kid - Poetas de Karaoke

Não deixa de ser curioso o facto de o primeiro video clip que deixo aqui ser de um género de música de que nem sequer sou particular apreciador, o rap. No entanto, acho que a música está muito bem conseguida.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Resoluções de Ano Novo...para além do blog

Para além de me ter decidido a dar início a este blog, este ano decidi também tentar cumprir uma série de outras resoluções de Ano Novo.

Lá diz o outro que "Ano Novo, vida nova". Eu não iria tão longe mas aqui ficam alguns dos objectivos (modestos?) que me proponho cumprir em 2007:
  • Adquirir de uma vez por todas sérios hábitos de leitura, o que se traduz num objectivo de, pelo menos, 10 livros no ano - actualmente estou a ler Pequenas Memórias, de José Saramago. Seguir-se-ão Memórias de uma Gueixa, de Arthur Golden e Quase Memórias, de António de Almeida Santos. Só agora reparei no padrão das "memórias";
  • Começar a estudar a sério para o GMAT - seja lá quando fizer o MBA, pelo menos não se perde nada em deixar isto feito;
  • Fazer um curso de mergulho - apelo desde já a potenciais interessados para que se juntem a mim nesta resolução (estou a apontar para o mês de Abril, quando as águas de Sesimbra já não estiverem geladas mas apenas muito frias);
  • Fazer um mini curso de paraquedismo - como é Constant?!
  • Ser mais tolerante - sim, isto aplica-se também ao futebol (consta por aí que quando começo a refilar "destruo psicologicamente" a minha equipa);
  • Contribuir para causas sociais - para os mais desconfiados, sim, confesso que a minha convicção quanto a esta resolução poderá eventualmente ser menor mas hei de, pelo menos, dar sangue 2 ou 3 vezes neste ano.

E pronto, é isto. Outras resoluções mais tradicionais, mas não menos valiosas, como ser amigo dos meus amigos, ajudar o próximo, dar o meu melhor (de mim?) no trabalho, entre outras já são um dado adquirido.

And then there were...one!

E que melhor forma de comemorar o início de um novo ano do que com uns quantos projectozinhos pessoais, entre eles este blog.
À semelhança do que têm feito muitos dos meus amigos que têm ido estudar ou trabalhar para fora, também eu achei que um blog seria um dos melhores veículos para transmitir aquilo que se vai passando na minha vida, os meus interesses em cada momento e o que quer que seja que me vai na alma.
Espero poder contar com o contributo de todos, quer seja através de comentários no blog ou na "vida real".

Beijos e abraços para todos e um FELIZ 2007!!!

P.S. Sabe-se lá porquê, para título deste primeiro post, lembrei-me de um livro de Agatha Christie de que gostei bastante. Só que neste caso, ao contrário do livro, in the end there was one: vote Alex 4 President!!!