terça-feira, fevereiro 27, 2007

Bora para a água?

Dando cumprimento a uma das minhas resoluções para o ano de 2007, planeio fazer um curso de mergulho, de seu nome técnico PADI Open Water Diver, no próximo mês de Abril. Obviamente que a coisa seria bastante mais engraçada se fosse feita com um grupo de amigos e portanto deixo desde já aqui o convite para que se juntem a mim.

Pessoalmente, o interesse no mergulho surgiu pelo facto de gostar imenso de quase qualquer actividade que envolva o mar e também depois de ter falado com algumas pessoas que fizeram recentemente o curso e que já fizeram alguns mergulhos depois disso.

Para os mais cépticos, que dirão que em Portugal a água é fria ou que o fundo do mar não tem interesse, respondo que com o designado "fato húmido" mal se sente a temperatura da água e em Sesimbra, nas Berlengas ou em Tavira já se vêm coisas bem giras. Além disso, quando forem de férias ao México, Cuba, República Dominicana, Indonésia, Egipto, Açores ou mesmo aqui ao lado a Espanha terão oportunidade de ver alguns dos cenários subaquáticos mais bonitos do mundo.

Como argumentos para vos convencer, acho que devia ser suficiente verem as seguintes fotos:

O célebre peixe-palhaço na Grande Barreira de Coral, na Austrália


Blackbacked butterflyfish, no Mar Vermelho

Blue spotted stingray, no Mar Vermelho


Deixo também o link para uma reportagem que saiu no Expresso em Agosto do ano passado, para que possam ler os testemunhos de alguns viciados no mergulho.

Last but not least, aqui ficam os sites de algumas escolas de mergulho em Lisboa:

- Escola de Mergulho de Lisboa;

- Nautic Diver;

- Cipreia.

Como poderão ler, os cursos andam todos à volta dos 300 euros (negociáveis para grupos) e duram cerca de 2 semanas, incluindo aulas teóricas, práticas e exames.

Que vos parece?

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Ninguém leva a mal.......ou sim!

Mas alguém é capaz de me explicar porque é que de algum tempo para cá parece que se tornou moda dizer que se "odeia o Carnaval"? Será só para ser contra a corrente?

As pessoas que me conhecem sabem que para mim qualquer desculpa para festa é uma boa desculpa. Depois, se essa desculpa envolve um feriado nacional tanto melhor.

Além disso, desculpem lá mas a velha conversa do "dia do ano onde podes fingir ser uma pessoa diferente" comigo até pega. Qual é o problema de entrar um bocadinho no campo do imaginário e ao mesmo tempo relembrar os tempos de criança em que todos nos mascarávamos?

A minha explicação pseudo-freudiana básica para as pessoas que "odeiam o Carnaval" é que essa atitude é provavelmente reveladora de um qualquer trauma de infância, quase de certeza relacionado com uma partida de Carnaval que até hoje ainda não foi digerida. "Ah e tal, mas já quando eu era pequenino nunca me mascarei". Nesse caso, os culpados serão provavelmente os vossos pais que quase de certeza deviam ser eles a ter o tal trauma de infância.

Eu até posso fazer um esforço para tentar perceber que não se goste do Carnaval (ok, já chega, não consegui) mas que se "odeie"?! Disse e repito, quanto mais não seja é uma desculpa para ir para a rua festejar, para estar com os amigos, para fazer palhaçadas para as quais não há grande desculpa nos outros dias do ano. Ok, não querem ter o trabalho de se mascarar, não se mascarem mas ao menos festejem caramba!

Eu, pela minha parte, já decidi o meu disfarce e vou para Torres Vedras, para o dito "Carnaval mais antigo e mais português de Portugal" (seja lá o que isso signifique). O registo fotográfico será concerteza vasto por isso aguardem as fotos.

Já agora, se querem "odiar" o Carnaval, ao menos façam-no informados e leiam o que a Wikipedia tem a dizer sobre as origens da festa.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Para quem estiver a considerar namoros à distância...

Para quem andou 4 ou 5 anos (ou mais) a estudar gestão, economia ou algo do género, é sempre gratificante ver serem utilizados conceitos da área para explicar alguns dos problemas mais mundanos do nosso dia-a-dia.

É isso mesmo que faz Tim Harford, que trabalha no Banco Mundial e escreve semanalmente uma coluna no Financial Times intitulada "Dear Economist", onde responde em "economês" a algumas questões colocadas pelos leitores.

Foi com esse mesmo tom ligeiro que o sr. escreveu o livro “The Undercover Economist", que ao que parece vem na mesma linha do popular "Freakonomics", de Steven Levitt, editado no início de 2005 (vai ser com certeza um dos "pelo menos 10 livros" a ler este ano).

Aqui fica um exemplo com piada, de uma resposta a uma senhora que não sabe muito bem como há de gerir um relacionamento à distância.

Já agora aqui fica também o endereço do blog do dito sr.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

A cidade condal e o individualismo

Nestes últimos dias que passei em Barcelona, tive mais uma prova de como é possível viver numa grande cidade sem que isso prejudique forçosamente a qualidade das pessoas que lá vivem.

As pessoas que me conhecem sabem (ou deviam saber!) que nunca fui grande fã da vida em Lisboa. Nos tempos da faculdade, sempre que podia, lá ia passar o fim-de-semana a Leiria, o que até chegou a colocar alguns problemas sempre que havia trabalhos de grupo para fazer (por falar nisto, acho que nunca cheguei a expressar convenientemente às respectivas pessoas o meu agradecimento pela compreensão demonstrada).

À medida que o tempo foi passando e as amizades (e outras que tal) por Lisboa se foram cimentando, a minha “alergia” à cidade de Lisboa foi-se reduzindo progressivamente. Contudo, nunca deixei de pensar que a cidade se encontra bastante mal organizada, não contribuindo em nada para a melhoria de modos de vida que, também por questões intrínsecas admito, se revelam extremamente individualistas e até mesmo egoístas.

Não querendo reduzir a questão do egoísmo crescente apenas a este tema, penso que um dos principais problemas da cidade reside nos transportes públicos que a servem. Relativamente ao Metro, a expansão da rede parece ter congelado no tempo, não se percebendo nomeadamente como é que ainda não há Metro no aeroporto ou como é que se demora 10 mins de carro de Benfica ao Campo Grande mas 40 mins se formos de Metro. Acho que também não seria nada má ideia expandir o horário de funcionamento do Metro (em Barcelona, ao fim de semana, o Metro fecha às 2h e abre às 5h). No entanto, reconheço que convencer os trabalhadores do Metro de Lisboa a trabalhar mais umas horas numa altura em que os senhores passam a vida em greves porque querem manter os seus 35 dias de férias anuais (entre outras regalias) não se afigura nada fácil.

Quanto aos autocarros, não consigo perceber porque raio é que aqueles placards com o tempo de espera se encontram em fase de testes (para além de serem em nº muito reduzido) há já não sei quanto tempo. À noite, também não me parece que o autocarro funcione como uma alternativa muito válida, seja pela frequência reduzida ou pela imagem de falta de segurança.

Uma ideia recorrente é a de cobrar a entrada de carros num determinado perímetro da cidade de Lisboa. Assim à primeira vista, a ideia não me parece nada má. Obviamente, teria que ser feito de forma transitória, dando algum tempo às pessoas para se adaptarem e investindo paralelamente na expansão e desenvolvimento da rede de transportes públicos. Outra medida que me parece relativamente óbvia consiste na criação de grandes parques estacionamento junto a estações de Metro e de comboio que dão acesso à cidade.

Apesar da minha perspectiva limitada de turista que apenas passou alguns dias nestas cidades, Barcelona e também Nova Iorque pareceram-me cidades que têm na sua base fortes redes de transportes públicos. Acrescento ainda à lista a cidade de Roterdão, onde passei 4 meses em Erasmus, se bem que aí o facto de ser quase completamente plana dá uma forte ajuda (costumo dizer que ter uma bicicleta em Roterdão é quase o mesmo que ter carro em Lisboa).

No que toca a Lisboa, it goes without saying que o processo de mudança seria bem mais fácil se fosse acompanhado por uma alteração da mentalidade e se passássemos a ter uma atitude um bocadinho mais orientada para o colectivo, em vez de passarmos a vida a olhar para os nossos bonitos umbigos. Fica o apelo.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

A IVG - Parte II

Para quem não viu no último Domingo, vejam aqui um exemplo de como o humor pode ser uma boa forma de expor o ridículo de certos argumentos do "Não". Ora vejam: