terça-feira, julho 24, 2007

SBSR (Mais vale tarde que nunca...)

Profissionalmente falando, a semana do SBSR acabou por ser bastante agitada, facto que me impediu de gozar o SBSR na sua plenitude. Mas deixemo-nos de lamentações e concentremo-nos no que efectivamente consegui ver e ouvir.

03/07/2007 – Como disse repetidamente às pessoas à minha volta, só uma hecatombe me impediria de ir ao SBSR neste dia, já que o cartaz tinha o chamado “alinhamento do caraças”! No carro a caminho do recinto, ia ouvindo Klaxons pela rádio e a roer-me todo por não estar lá já que me parecia estar a ser muito bom. Ainda cheguei a tempo de ouvir a última música.
Seguiram-se os Magic Numbers, aqueles que me despertavam menos interesse neste dia. Tal como eu suspeitara quando tinha ouvido o último álbum deles, pareceram-me um bocadinho desenquadrados face ao resto das bandas do dia, com um estilo meio hippie, assim a atirar para o zen.

Depois vieram os Bloc Party. Tinha-os visto no Coliseu há pouco mais de um mês, num grande concerto apenas um pouco ofuscado por um público demasiado jovem (miúdos!!) que começou o concerto a todo o gás e que depois parece que perdeu um bocado a “pica”. Mediante um público quase completamente diferente, os Bloc Party voltaram a não desiludir e pareceu-me que até surgiram mais soltos, a curtirem mais o facto de estarem ali.

O momento mais esperado da noite veio com a entrada em palco dos Arcade Fire. E que concerto meus senhores!!!! Impressionante como têm uma presença em palco, que lhes permite, mesmo sem uma interacção muito explícita com o público, cativar e envolver as pessoas de uma forma super intensa. Talvez boa parte da explicação esteja na deliciosa Régine Chassagne, com uma voz a fazer lembrar Bjork, e que não parou um minuto, no seu estilo de fedelha irrequieta. Mas a explicação também poderá estar no estilo da banda, meio pacóvio a fazer lembrar uns saloios de aldeia mas ao mesmo tempo a destilar classe por todos os poros. Decidam vocês.

05/07/2007 – Só de pensar que estive em sério risco de não ir neste dia até fico um bocadinho doente. Quando cheguei tinham acabado de tocar os TV on the Rádio, o que me deixou alguma pena pois dizem por aí que estes senhores são muito bons ao vivo. A seguir desfilaram os Scissor Sisters, num concerto que acabei por seguir meio ao de longe mas que me pareceu muito aceitável.

Bem de perto era como não podia deixar de ver os Interpol, definitivamente uma das minhas bandas de eleição do momento. Sem querer exagerar (muito), até fico com arrepios com algumas das músicas destes nova-iorquinos que demonstraram uma segurança irrepreensível em palco e que montaram uma set list fantástica para este concerto. É verdade que a interacção com o público não foi muita mas quem estava à espera do contrário é porque não os conhece. Tendo adorado o concerto, reconheço que é o tipo de espectáculo muito mais dado a recintos pequenos e intimistas do que propriamente a grandes festivais. O regresso está prometido para Novembro, no Coliseu. Dou-vos um rebuçado se adivinharem quem não vai faltar…

Não podia terminar este post sem deixar os meus profundos agradecimentos ao primo Jorge, facilitador dos bilhetes que me proporcionaram dois dos concertos mais gratificantes da minha curta mas cada vez gratificante existência. OBRIGADO PRIMO!!!