Carnage (2011): bom
– se me tivessem dito à partida que se tratava de um filme passado na
totalidade na sala de estar de um apartamento, provavelmente não o teria visto.
Mas ainda bem que não disseram. Christoph Waltz, Kate Winslet, Jodie Foster e
John C. Reilly brindam-nos com desempenhos excelentes e apesar do cenário não
mudar, conseguem manter a discussão suficientemente interessante para o filme nunca
perder a “graça”. E pelo meio vão levantando algumas questões bastante
pertinentes sobre a forma certa (se é que isso existe) de educar uma criança.
Bernie (2011): fraco
– Não é por um filme se basear num história verídica, por mais estranha que ela
seja, que o filme vale a pena ser visto. E isso nem sequer se deve ao desempenho do protagonista, papel muito bem desempenhado por Jack Black. Contudo, o filme nunca sai do mesmo ritmo monótono, sem picos de interesse, e até mesmo o final se revela previsível.
Pitch perfect (2012): médio-mais
– só para fâs de musicais. Isto porque o filme vale essencialmente pelas cenas
de música e pelos remixes de vários dos êxitos da pop atual. De resto, a
história não é muito original e os desempenhos não são nada de especial. Até a
própria Anna Kendrick está uns bons “furos” abaixo do seu melhor. Mas ainda
assim, na categoria de “feel good movie” não vai nada mal.
Intouchables (2011): muito
bom – quando me falaram pela 1ª vez
neste filme, lembrei-me imediatamente do “Escafandro e a borboleta”, um filme que
só por teimosia vi até ao final, de tão lento e chato que é. Ora este filme é o
contra-ponto perfeito desse outro.
Também baseado numa história verídica, o filme assenta em excelentes
desempenhos dos dois atores principais, François Cluzet e Omar Sy. Sobretudo este
último, contagia-nos com o seu bom humor e forma descomplexada de viver a vida.
Não é à toa que é o 2º filme francês com maior sucesso de
sempre, a seguir ao imperdível “Bem vindo ao norte”.