terça-feira, maio 22, 2007

1, 2, 3 diga lá outra vez...

O crescimento do PIB está inteiramente dependente do sector exportador - o que, a prazo e em função da crescente concorrência do Leste europeu, é preocupante. A produtividade do factor trabalho mantém-se a mais baixa de todo o espaço europeu e não é preciso ser economista para perceber que, se a produtividade não cresce, a economia também não pode crescer.

Miguel Sousa Tavares, in Expresso (19/05/2007)

Não é preciso ser economista mas pelos vistos é preciso ser jornalista...

sábado, maio 19, 2007

Helsínquia/ Tallinn

Voámos de Lisboa para Helsínquia, com direito a uma breve pitstop em Zurique. Como em quase todas as situações, as expectativas têm uma influência muito grande nas nossas percepções e portanto as horas que passámos na cidade de Helsínquia até produziram uma impressão bastante positiva da cidade, dado nenhum de nós tinha a fasquia muito alta.

À chegada a Helsinquia

Demos uma volta pela cidade com o nosso amigo Finlandês que eu e o Edgar conhecemos em Erasmus, o Petri, que amavelmente nos levou aos principais pontos de interesse. Ficou por visitar Suomenlinna, uma antiga fortaleza militar localizada numa das pequenas ilhas junto à costa de Helsínquia e património mundial da Humanidade. O Lux, uma discoteca no último andar (10º?) de um prédio foi também uma surpresa muito agradável.

O Petri, eu e o Edgar, na Praça do Senado, em Helsínquia

Depois de uma curta e agradável viagem de barco, lá chegámos a Tallinn, onde nos esperava o Old Town Backpacker’s Hostel, gerido por um irlandês +/- da nossa idade e por uns amigos. O hostel até é porreiro e baratucho mas não deixava de ser estranho e um pouco incómodo o facto de um dos quartos dormitório servir simultaneamente de auditório para visionamento de filmes e também de ponto de passagem para o common room.

Quanto à cidade propriamente dita, os nossos passeios cingiram-se praticamente à Old Town, muito pitoresca e povoada de cafés e barzinhos. Entre os vários pontos de interesse, destaco a igreja de Alexander Nevski, dentro das muralhas da fortaleza de Toompea, a vista do topo da igreja de S.Paulo e a Town Hall Square. No que respeita à componente nocturna (obviamente nada despicienda!), fomos ao Club Hollywood (giro mas nada de especial), ao Privé (um cadito melhor que o anterior) e ao Von Krahl, onde tivemos o privilégio (?) de assistir à actuação de algumas bandas estónias. Last but definitely not least, fomos ao Stereo, um bar muito (!!!) bem frequentado. Meus amigos, se o paraíso na terra existe, estou convencido que não deve andar muito longe do Stereo.

Old Town, Tallinn

Não podia falar de Tallinn sem falar dos motins a que tivemos o privilégio de assistir in loco aquando da nossa segunda passagem pela cidade, a caminho de S.Peterburgo. Pelo que percebi a coisa até foi noticiada por cá mas passo a explicar resumidamente: o foco da discórdia residia numa estátua que servia de homenagem aos soldados russos que morreram durante a II Guerra Mundial. Inclusivamente, por debaixo da estátua, encontravam-se enterrados os corpos de alguns desses soldados. Ora o governo estónio decidiu recentemente que não fazia sentido nenhum ter naquele local um monumento que fazia lembrar os tempos da ocupação russa que tanto martirizou a população local. Contudo, acontece que cerca de 40% (sim, o número é mesmo desta magnitude) da população da Estónia é constituída por russos, sendo fácil de perceber que esta faixa da população não achou muita piada à coisa. Além disso, era suposto que a estátua e os corpos fossem transferidos para outro local mas, segundo relatos que não consegui confirmar, o que aconteceu foi a destruição da mesma durante o processo de transferência.

A estátua da discórdia
Concluo o capítulo de Tallinn dizendo apenas que, dava a perseverança do Pisco em sair à noite, ainda chegámos a temer pela integridade dos nossos belos corpinhos e tivemos que fazer um jogging em passo acelerado para fugir da polícia, que como se sabe nestas alturas desata a bater em toda a gente sem grande critério.